Feijão
o grão que surge de um batuque!
(Phaseolus vulgaris)
O Feijão faz parte das Sementes TiNis, uma seleção de espécies fáceis de encontrar e de cultivar, com histórias fantásticas para inspirar atividades com as crianças!
Descubra o que é uma Tini e como você pode criar uma em sua casa. Prepare-se para brincar, aprender, e descobrir a Natureza de um jeito bem diferente
(Phaseolus vulgaris)
O Feijão faz parte das Sementes TiNis, uma seleção de espécies fáceis de encontrar e de cultivar, com histórias fantásticas para inspirar atividades com as crianças!
germinação 5 a 10 dias
Carioquinha, preto, de corda, jalo, jalo roxo, branco, rosado, azuki, moyashi, fradinho, rajado, de porco, bolinha… o feijão é o queridinho no dia a dia dos brasileiros e também um companheiro muito bem-vindo na TiNi! Isso porque, além de ser uma fonte de alimento para nós, o feijão enriquece o solo com nitrogênio, um nutriente fundamental, e suas raízes se associam a fungos, criando umas bolotinhas que podemos ver a olho nu, chamadas micorrizas. Elas ajudam as plantas na absorção de nutrientes como água e sais minerais e fazem com que outras plantas se desenvolvam de maneira saudável. Assim, plantando feijão, a gente ajuda a cuidar da riqueza do solo. E em “solo sadio, ser humano sadio”. As plantas que têm essa capacidade de alimentar o solo com nitrogênio são chamadas de leguminosas. Colher e semear a maioria dos feijões é também muito divertido! É preciso coletar as vagens já secas e deixá-las em uma lona esticada no chão para que terminem de secar e liberar as sementes. Um processo surpreendente: quando terminam de secar, as vagens literalmente explodem, fazendo um concerto musical e espalhando sementes como confetes por todo lado. Se quiser acelerar a atividade, basta pegar um galho, envolver as vagens na lona e começar a bateção. Será outra explosão sonora que pode ser acompanhada de muita música e ritmo sincronizado, tornando-se uma grande diversão, agregando a comunidade inteira.
O feijão é um dos alimentos mais antigos conhecidos pela humanidade. A domesticação do feijão se iniciou por volta de 10.000 a.C. nas Américas do Sul, Central e do Norte. Os principais centros de domesticação foram onde hoje ficam o México e a Guatemala, de onde veio a maioria dos feijões de grãos pequenos, como o carioca. O segundo local é o sul dos Andes, na região que vai do norte da Argentina ao sul do Peru, onde se desenvolveram plantas com sementes maiores, como o jalo. O terceiro centro de domesticação do feijão foi a região norte do Andes, desde onde estão hoje Colômbia e Venezuela até o norte do Peru. Nós herdamos dos indígenas as bases da nossa alimentação: feijão, mandioca, milho e batata, decisivos na formação do paladar popular brasileiro. Os indígenas chamavam o feijão de “comanda” e o comiam com farinha.
No Brasil, cada região come o feijão de um jeito. Em Minas Gerais, o feijão é tropeiro, sem caldo, misturado com farinha de mandioca, linguiça e toucinho. Ideal para levar em longas viagens. Os bandeirantes paulistas comiam o feijão carioquinha, misturado com farinha de mandioca e caldo. Levavam esse prato em bolsas ou sacos, e acabaram dando o nome do “virado à paulista”. No Rio de Janeiro, o feijão é preto, ingrediente principal da feijoada, criada pelos cariocas no século XIX. Na Bahia, o feijão fradinho é utilizado no acarajé e no abará.
Em regiões do Nordeste, o feijão-de-corda com arroz forma o “baião-de-dois”. Um dos pratos mais populares da região. Em Belém, o feijão tipo manteiguinha é muito popular. É uma variedade do feijão branco americano, trazido por Henry Ford na época da fundação de Fordlândia, uma cidade operária na beira do Rio Tapajós criada para explorar a borracha na Amazônia
feijão gosta de muita luz do sol, vai bem em diversos tipos de solo e é cultivado sempre no verão ou no início das chuvas. Tem um ciclo de vida curto, levando em torno de três meses para dar a vagem. Suas sementes podem ser plantadas em vasos ou canteiros e, no momento das flores, podemos fazer algumas podas se quisermos alimentar a cama de folhas.
O rabanete, que tem um ciclo ainda mais curto que a calêndula, e também o girassol podem ser ótimos companheiros. Por seu inseticida natural, a calêndula é uma super companheira do tomatinho e do feijão. Como ela atrai muitos polinizadores, pode criar mudas de frutíferas, como por exemplo a pitanga. Assim que uma planta grande como a pitanga cresce, aturalmente a calêndula vai deixando seu lugar, pois não terá mais a quantidade de luz necessária. Assim, ela abre caminhos para que plantas de ciclo longo possam crescer de forma saudável.
